Brasil participa de projeto que ensina braille usando peças de Lego

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A Lego Foundation, entidade criada pela empresa que fabrica blocos de montar, lançou na um projeto para a criação de peças de Lego customizadas para o braille, sistema de leitura no qual letras e números são caracterizados por pontos em relevo. Ele é usado como forma de comunicação por pessoas cegas ou com baixa visão.

O Brasil é um dos países envolvidos no projeto piloto. Em uma parceria entre a Fundação Dorina Nowill para Cegos, que há 70 anos trabalha pela inclusão das pessoas com deficiência visual, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), o projeto incluiu o uso dos chamados “Braille Bricks” em escolas públicas de Presidente Bernardes e Franco da Rocha, em São Paulo.

Os “Braille Bricks” são blocos de lego desenhados para que os pontos em relevo representem uma letra ou número do alfabeto braille.

Uso do braille no ensino

Um dos motivos de usar o brinquedo para incentivar o ensino do braille, segundo o comunicado da empresa, é o fato de que, com o avanço de tecnologias como audiolivros e programas que “leem em voz alta” o texto escrito numa tela de computador ou celular, a difusão do braille tem caído entre as novas gerações de pessoas com deficiência visual.

A partir do ano que vem, o projeto pretende envolver 763 mil estudantes no Brasil, sendo 11,6 mil os que têm deficiência visual. Com sua proposta de educação inclusiva, a ideia é que estudantes com deficiência possam usar os kits juntamente aos estudantes videntes.

De acordo com a Presidente do Comitê Braille Bricks da Fundação Dorina Nowill para Cegos, Ika Fleury, em última análise o objetivo do projeto é aumentar radicalmente o número de crianças com deficiência visual alfabetizadas.

Projeto piloto em São Paulo

No projeto piloto, 82 crianças de 4 a 10 anos participaram de atividades de alfabetização em braille usando as peças batizadas de Lego Braille Bricks durante o ano de 2018. Mas a Dorina Nowill já havia começado a usar um primeiro protótipo de blocos de montar chamado Braille Bricks em 2016, após uma parceria com uma agência de comunicação.

Distribuição

Instituições selecionadas de várias partes do mundo receberão o material gratuitamente. No Brasil, a Fundação Dorina Nowill será a responsável por importar os conjuntos, que em 2020 serão distribuídos inicialmente em sete estados brasileiros: Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Pará.

Serão enviados 10 mil kits a 763 cidades e 1,88 mil instituições de ensino do país. Eles serão entregues às escolas em regime de comodato.

Embora os kits sejam doados pela Lego, a Fundação Dorina Nowill será a responsável por distribui-los pelo Brasil. “As duas maiores dificuldades são a formação dos profissionais de educação e a parte logística, pois os kits serão entregues pela Lego no porto de Santos”, explicou Ika Fleury.

A fundação estima um custo inicial de R$ 1,5 milhão para a primeira fase do projeto e, por isso, busca parceiros para financiar a distribuição do material em território nacional, além da capacitação de professores de escolas públicas para usarem o material em sala de aula.

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